A maioria dos filmes são produzidos em uma data e demoram algum tempo para serem distribuídos e chegarem às salas de cinema. É uma coisa natural do mercado cinematográfico. Porém quando a gravação de imagens atende a outro mercado de comunicação, no caso a imprensa, que depende de agilidade e que denuncia, a demora em veicular algo é o oposto à forma natural de trabalhar.
Só um detalhe, estamos em julho de 2011. Algo que possa ser chamado de descoberta tem, no mínimo, que ser recente. O vídeo que acabou com as esperanças de Nascimento em manter o cargo foi gravado em 24 de junho de 2009.
A Istoé descobriu o vídeo? Acho que não. Sem tirar o mérito da revista, que fez um trabalho de apuração bem maior em cima da gravação, mas as imagens foram feitas há dois anos. Ou seja, alguém estava com isso guardado em alguma gaveta há bastante tempo. Qual foi o motivo que fez esse alguém tirar o vídeo de onde estava guardado é o que ninguém vai publicar.
E não é o primeiro. Volta e meia, quando uma crise começa a apimentar, surge um vídeo mostrando as transações ilegais. Quem é o cara (ou, mais provavelmente, os caras) que filma tudo em Brasília? Esses provavelmente a gente não vai saber os nomes...
PEGADINHA
Hoje o Sarney começou a coluna que escreve na Folha de um jeito que deu um brilho de esperança, mas logo depois apagou. Assim:
"Dizia o rei Salomão que há no mundo tempo para tudo. Há tempo de começar, há tempo de parar. Cheguei a esse dilema e não foi fácil a decisão."
Entre o fim desse parágrafo e o início do outro veio um comichão de esperança. "Será que ele vai dar um furo de reportagem em todo mundo, até em seus colegas de congresso, e vai anunciar a aposentadoria pela coluna?!", sonhei. Doce ilusão. A única coisa que terminou foi a própria coluna.
Pegadinha do malandro...
Muito bom
ResponderExcluirTantos orgãos controladores e no final é sempre a imprensa que descobre os desvios do dinheiro dos impostos.
ResponderExcluirOs MPFs, MPEs, MPMs além dos TCU, TCEs e TCMs empregam milhares, talvez milhões de pessoas , com salários altíssimos e o órgao mais competente para decobrir corrupção é a imprensa, cujos funcionarios são pagos com dinheiro das empresas privadas.