Andam havendo compras e fusões de caráter ao menos curioso no cenário nacional, mas ninguém fala em monopólio. Tudo bem, tudo ao seu momento, mas agora o assunto tocou num ponto um pouco mais delicado: a educação.
A Abril Educação comprou os cursos e colégios pH e 53% do Grupo ETB (Escolas Técnicas do Brasil), que representam, respectivamente, 6.600 alunos no estado do Rio e 2.400 no estado de São Paulo. Sendo que já detinha os sistemas de ensino Anglo e SER, que reúnem 387 mil alunos em mais de mil escolas pelo Brasil.
Estão interessados em alavancar a educação do país? Seria um motivo bastante nobre, mas acho que há outro dado na conta que pesa mais. Na mesma nota em que o grupo publicou na edição impressa de O Globo de sábado (16/07 - Economia, p. 29), também consta que seu "portfólio de negócios" já incluía as editoras Ática e Scipione, que venderam cerca de 50 milhões de livros em 2010.
É um número e tanto, ainda mais num mercado que se diz em decadência. Mas nem todos sabem que essa dita decadência do mercado editorial não é tão decadente assim quando se fala de livros didáticos, cuja liderança de mercado já é da Abril há alguns anos no Brasil.
E aos poucos essa liderança deve se consolidar ainda mais, pois alguém que pode controlar o seu público consumidor tem um baita poder na mãos. Basta que todos seus sistemas de ensino indiquem livros das suas editoras. Já dá um número bem considerável de compras, fora a influência que isso gera em todo o mercado editorial. São muitos pontos a se pensar nas consequências. Mas parece que surge uma sombra de monopólio no horizonte.
A educação no Brasil já sofre com muitos problemas complexos e difíceis de se resolver. Um monopólio de mercado nesse momento não seria nem de perto um avanço.
SEMPRE NOS VEM A CABEÇA MONOPÓLIO , QUANDO GRANDES GRUPOS SE FUNDEM. NESTE CASO ACHO QUE NÃO É O CASO. TEMOS VÁRIAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO E DE MÍDIA GRANDES. PORÉM VALE A RESSALVA PARA QUE FIQUEMOS SEMPRE ANTENADOS COM MONOPOLIOS OU MESMO OLIGOPÓLIOS.
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