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sábado, 22 de outubro de 2011

Presságios de uma morte anunciada

Líbios comemorando a morte de Kadafi em Trípoli
Quando em 1979 Khomeini começava a se destacar como alternativa ao despotismo no Irã, o mundo via com aprovação o novo líder que surgia para “mudar o sistema” e fazer a revolução. Pouco tempo depois, tinha se instaurado outra ditadura, extremamente fundamentalista e mais cruel do que a anterior. 

Agora o mundo passa por momentos interessantíssimos, em que a sociedade civil (os 99%, como se tem dito nos EUA, em referência aos que não fazem parte dos 1% mais ricos que comandam o mundo), se articula e vai às ruas pedindo mudanças. 

Viva a mudança! Mas ela não pode parar na entrada dos palácios oficiais. A morte de Kadafi, nesta semana, mostra que é preciso cuidado com o regime que entra. Déspota, assassino, usupador dos direitos civis e muitas outras qualificações negativas são bem empregadas ao ex-ditador líbio, mas a forma com que foi tratado após sua captura não é nem um pouco alentadora do ponto de vista de quem espera um regime que respeite os direitos civis.

Por mais que nossos anseios sejam o de que os antigos predadores sanguinolentos sejam varridos do mapa, é preciso que se aja com os mesmos ideais que se defende. Caso contrário, trocaremos seis por meia dúzia.

Não sei se foi uma atitude coletiva precipitada ou se são presságios do que o novo regime deve representar. À conferir...


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