O DEM está indo ladeira abaixo em direção ao seu próprio sepultamento e o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda - acusado de receber propina -, parece ter jogado a última pá de terra por cima do caixão.
Em entrevista à revista Veja, Arruda diz ter "ajudado" muitos de seus ex-colegas de partido, chegando a mencionar cifras e nomes de políticos envolvidos. Os ataques e desabafos podem ser frutos de uma desesperança política e vingança pessoal por parte do ex-governador, mas também podem ter algumas intenções por trás.
O nome de Kassab em meio às acusações surge em um momento crucial para o atual prefeito de São Paulo, pois chega bem na hora em que está surgindo seu novo partido, o Partido Social Democrático (PSD). Pode ser coincidência, mas alguma coisa cheira mal nessa história. Quem sabe uma especulação de algum partido que não queira um Kassab tão forte e aceite um Arruda pela porta dos fundos em troca... resta esperar para ver se é coincidência ou não.
Já em relação ao conteúdo das acusações, quando Arruda diz que dividia alguns financiamentos de campanha com Kassab, deixa claro que não era da forma mais limpa. "Os que eu não ajudei, o Kassab ajudou. É assim que funciona. Esse é o problema da lógica financeira das campanhas, que afeta todos os políticos, sejam honestos ou não." - disse o ex-governador.
Triste, mas real. Todos sabem o quanto ainda é confusa a organização dos financiamentos de campanha no Brasil, com caixa dois em todos os partidos e lobistas com grandes poderes nas mãos. Porém, além dos nomes dos políticos envolvidos nestes esquemas, me faltam os nomes e os interesses objetivos das empresas que completam o braço da corrupção. Enquanto não forem buscados e sentenciados a fundo os dois lados dessa moeda podre, será difícil uma mudança de postura.
É a lei da oferta e da procura fazendo sua parte num mercado de ações altamente rentável...
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