O governo resolveu mexer nas estruturas para balancear a relação inflação/crescimento e acabou levando a conta pro bar da esquina.
Depois de um ano em que o Brasil cresceu a uma taxa de 7,5% do PIB, o maior em 24 anos, e teve uma inflação de 5,91%, a maior em seis anos, Dilma e equipe resolveram mexer no quadro para ver se acalmavam um pouco a situação.
O pensamento é de que o país crescendo a uma taxa tão alta, gera maior consumo e por consequência esbarra na inflação. Para diminuir a inflação, arrefecer os ânimos do consumidor e não criar imbróglios, o governo resolveu fazer um arranjo que promete dar o que falar.
Da parte do leão, reajustou em 4,5 % o Imposto de Renda - só conseguido depois de negociar com as centrais sindicais e do fechamento do salário mínimo em 545 reais -, o IOF (imposto que incide, não só, mas principalmente, sobre a compra no exterior com cartão de crédito), passou de 2,38% para 6,38%, e, por fim, mas não menos importante, aumentou-se em 15% o preço das "bebidas geladas" (água, refrigerante e cerveja).
A princípio está sendo dito que o aumento será sobre o produtor e que isso não seria repassado para o consumidor final, mas convenhamos que é algo raro no Brasil a mordiscada não ser levada para o prato do cidadão no fim das contas.
Caso chegue a nós, uma latinha que custava R$1,20 no mercado, passará a custar R$1,38. Diferença considerável no dia a dia de um povo que consome mais de 10 bilhões de litros de cerveja por ano. E, ao mesmo tempo, toma-se um pouco de quem anda viajando demais também. Fato que deve dar novo fôlego aos cartões TravelMoney, que até o momento não cobravam IOF.
São diversas mudanças e especulações complexas, não se sabe se vai afetar o cidadão comum ou não, e ainda se vai trazer o efeito esperado. Mas é preciso que haja sobriedade para não deixar a conta cair na mesa do botequim.
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