Berlusconi deu mais uma declaração sincera de seu olhar sobre o mundo, ˜estou com pena de Kadafi˜, teria dito segundo a edição impressa do Globo de hoje (página 32, canto superior direito).
Após uma sucessão de ataques da mídia ao longo dos últimos tempos, ora com festas e orgias em sua mansão em Arcore, ora com seus projetos que atentam contra a liberdade de expressão, entre outras coisas, o ˜dono˜ da Itália não estaria totalmente decidido de que foi a melhor alternativa atacar a Líbia, apesar de oito caças italianos já estarem fazendo parte dos ataques ao país.
Berlusconi só teria aderido porque o presidente Giorgio Napolitani o convenceu de que ficariam mal na fita se não seguissem o clube dos Top-Europ.
É sabido que de todas as maneiras os interesses políticos e a preocupação com as imagens dos representantes internacionais prevaleceram sobre a verdadeira preocupação com os direitos humanos, o que é triste, mas mais chato ainda é ter que ouvir de um líder mundial, representando um país do tamanho e do peso da Itália, que sente pena do ditador que a poucos dias ameaçara jogar bombas em manifestantes pacíficos e que desrespeitou inúmeras vezes a população de seu país.
O lado de quem invade também não merece elogios, já que pelo que parece está fazendo alguns ataques desorganizados, chegando a atingir civis também. Mas se não houver uma convergência de propósito real para uma redemocratização e os líderes ficarem apenas tentando lustrar suas imagens enquanto jogam o pepino no colo da OTAN, vai ficar complicado ver um futuro de glória para a Líbia.
Se não descerem do palco logo, todos os lados correm o risco de perder... e não digo só em relação aos direitos humanos, o blush também vai derreter.
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