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quinta-feira, 17 de março de 2011

O Senado esqueceu do Senado

Agora é só por cinco anos o mandato e os candidatos a vaga no executivo não podem mais se reeleger. Tem seus prós e seus contras. Por um lado acaba com a farra de quem tem o Tesouro Público em mãos para fazer campanha, mas por outro pode emperrar um pouco os projetos que demandam mais tempo para conclusão - sob pena de governantes egoístas não levarem adiante ideias de longo prazo para não "darem a glória" a algum sucessor.

Se foi bom ou ruim, só o tempo nos dirá. O fato principal agora é que mudou. Já no caso do legislativo é que fica mais complicado. Até agora não se falou em mudar as regras de reeleição para cargos de deputados e senadores. Nosso Presidente do Senado, José Sarney, por exemplo, está em seu quinto mandato. Foi eleito em 1970 pela primeira vez, e está lá até hoje, de onde só saiu para presidir o país por cinco anos e voltou logo em seguida. E até 2015 nos acompanhará.

Dizem que sem a reeleição se faria um Senado fraco, pois é um posto que requer muita experiência. Mas experiência para manter um Status Quo problemático não é exatamente o que precisamos ultimamente. Basta dar uma olhadinha no Maranhão do Sarney - que por sinal foi eleito pelo Amapá na última eleição, mas isso é detalhe técnico - ou em Alagoas (de Collor e Calheiros), que detêm o piores índices de IDH do país, para se ter uma ideia da "experiência" que está sendo empregada.

Outro ponto é a concessão de TVs e rádios para parlamentares. Prefiro nem gastar teclado falando sobre esse ponto, acho que seria básico supor que homens que fazem as leis e regulam o país não podem ter meios de comunicação em mãos. Vão regular a si mesmos? Em primeira e terceira pessoa?

Acho que não...

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